Era aparentemente mais um dia de trabalho para estes 37 pescadores no Golfo de Adém, no sul do Iémen. O que eles não sabiam era que estavam prestes a avistar algo que iria mudar as suas vidas para sempre.


Os pescadores aperceberam-se de uma carcaça de cachalote à deriva na costa e o que estava dentro da barriga do cetáceo eram, nada mais nada menos, do que cerca de 127 quilos de âmbar cinzento, avaliados em 1,5 milhões de dólares (1,8 milhões de euros). Esta grande descoberta aconteceu em fevereiro deste ano, e a BBC foi agora saber como está a vida destes pescadores desde então.

O ‘tesouro’ acabou por ser comprado por um investidor dos Emirados Árabes Unidos e o dinheiro dividido pelos 35 pescadores. Deu para comprarem casas, carros, barcos e ainda ajudar outros pescadores e habitantes mais necessitados.



O forte cheiro do animal morto levou os pescadores a desconfiarem que o cachalote poderia ter algo mais valioso dentro da sua carcaça. O âmbar cinzento é uma substância rara - e de venda proíbida em muitos países - utilizada na indústria dos perfumes para a estabilização de odores.


Cerca de 5% dos cachalotes produzem este tipo de substância que, segundo os cientistas, se forma quando não conseguem digerir os bicos das lulas. De acordo com teorias recentes, a substância é regurgitada como um mecanismo para proteger os intestinos dos cetáceos, daí o seu forte odor.