Brincar na rua caiu em desuso com o aparecimento de tecnologias como videojogos. As crianças e jovens são seduzidos por realidades virtuais e conseguem passar horas nisto. O vício pode ser tão grande que na China, por exemplo, os adolescentes passam até oito horas por dia a jogar.


Perante esta realidade, o jornal estatal da China “Economic Information Daily” publicou um artigo onde apelida os videojogos de drogas eletrónicas e apelou à indústria para agir e implementar restrições às crianças.

Apesar de ainda não ter sido implementada nenhuma medida, a publicação deste artigo agitou o mercado. Depois de ter apelidado os videojogos de “drogas eletrónicas”, as ações de duas das maiores empresas de jogos online da China caíram mais de 10%, o que fez com que repensassem a forma como interagem com o seu público mais jovem.

Pelo menos, prometeram introduzir novas medidas para reduzir o acesso das crianças e o tempo gasto.



Em Portugal, a realidade é semelhante. As crianças já nascem conectadas ao wi-fi e, ainda antes de saberem falar, já sabem aceder ao youtube e colocar a sua música preferida. Segundo um inquérito, realizado pela Dashlane, uma aplicação para telemóvel e computador responsável por simplificar e proteger a identidade digital, cerca de 46% das crianças portuguesas, entre os 5 e os 12 anos de idade, não têm aplicações de controlo parental nos seus dispositivos. Ou seja, têm uma maior liberdade para pesquisarem o que querem, o que pode vir a ser prejudicial.


Mais: 8 em cada 10 crianças portuguesas têm pelo menos um dispositivo eletrónico com acesso à internet. A realidade portuguesa pode ainda estar longe da da China, mas o controlo sobre esta situação nunca é demais.