Em tempos, sair de casa dos pais era algo que acontecia muito cedo. Muitos jovens chegavam à “casa” dos 20 anos e era comum vê-los as fazer as malas para irem em busca da sua independência.


Ora, atualmente, essa tendência acabou por dar lugar ao oposto, uma vez que os jovens saem cada vez mais tarde de casa. E que o digam os jovens portugueses. Portugal foi, em 2021, o país com a idade média mais elevada de jovens que permaneceram mais tempo na casa dos pais: aos 33,6 anos. Quem o confirma é um estudo do Eurostat, citado pela Renascença.



Com o passar dos anos, muitos tendem a não querer sair do “ninho” dos pais tão cedo e aquilo que os impede está relacionado com as despesas extras que vão ter, responsabilidade acrescida e tarefas que vão ficar inteiramente a seu cargo. Portugal (33,6), a Croácia (33,3), a Sérvia (31,4), a Eslováquia (30,9), a Grécia (30,7) e a Bulgária (30,3) são os países em que os jovens saem mais tarde de casa dos pais, com uma média acima da registada nos 27 Estados-membros da UE.

No resto da União Europeia, a maioria deixou a casa dos pais por volta dos 26,5 anos, em 2021.


Do lado oposto, nos países onde os jovens saem mais cedo de casa dos pais, está a Suécia, onde os jovens saem, em média, aos 19 anos anos, Dinamarca, Finlândia e Estónia com uma idade média entre os 20 e os 23 anos.


O estudo mostrou ainda que as mulheres tendem a sair mais cedo que os homens de casa dos pais.