Todos nós já deixámos cair comida no chão por lapso ou por não termos percebido que o prato estava tão perto da borda da mesa que só demos conta quando ele, efetivamente, caiu. Neste caso, existem as pessoas que não pensam duas vezes e deitam o que caiu ao chão para o lixo enquanto outras seguem a regra dos cinco segundos.


Pensa-se que, durante cinco segundos, a comida pode ser consumida sem que fique estragada ou contaminada. Após os cinco segundos, a comida deixa de estar boa para comer.


No entanto, de onde veio essa regra? Quem é que a inventou? Será um mito ou tem alguma base científica? Vamos lá saber!


O jornal “The Huffington Post” decidiu ir atrás desta questão e falou com vários especialistas. Muitos deles afirmaram que é difícil dizer se a regra dos cinco segundos é verdade ou não, uma vez que tudo depende do tipo de comida e do tipo de chão.



Também é complexo dizer de onde veio essa regra, uma vez que, de acordo com Paul Dawson, professor da Universidade Clemson, no estado da Carolina do Sul, “não foi possível rastrear exatamente quando é que começou”, mas pensa-se que é mais “um daqueles mitos da sociedade que começou e as pessoas continuaram a a propagá-lo”.


Para testarem se a regra dos cinco segundos tem algum fundamento, Paul Dawson e Don Schaffner, professor na Universidade Rutgers, em Nova Jérsia, colocaram em prática um estudo.


Foram testadas três superfícies contaminadas com salmonela – azulejo, madeira e carpete – e duas comidas – mortadela e pão. Por sua vez, Don Schaffner testou melancia, pão, pão com manteiga e ursinhos de gomas em superfícies contaminadas de aço inoxidável, azulejo, madeira e carpete, durante menos de um segundo, cinco segundos, 30 segundos e 300 segundos.


Os resultados ditaram que a regra dos cinco segundos é pura e simplesmente um mito. A conclusão do estudo dos dois especialistas revelou que a maioria das bactérias transferiu para a comida em menos de um segundo. Por isso, a regra dos cinco segundos “cai por terra”, uma vez que “em todas as condições — não importa a superfície, o alimento ou o tempo — houve sempre alguns testes em que vimos alguma transferência de bactérias.”


Assim sendo, pensa bem antes de utilizares a regra dos cinco segundos!