A novidade já não é de agora, uma vez que a Islândia implementou, entre 2015 e 2019, uma semana de trabalho de quatro dias.

O resultado? Foi um sucesso!

Os trabalhadores sentiram-se mais felizes, motivados para as suas tarefas diárias e encontraram um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, onde tiveram mais tempo com a família e experiências novas fora do trabalho.


Pelo resultado que teve, o modelo foi, entretanto, replicado em Espanha e na Escócia, entre outros países, e, mais recentemente, no Reino Unido. Neste país, cerca de 30 empresas decidiram "encolher" as semanas de trabalho e torná-las só de quatro dias.


Para já, este é um teste que vai durar seis meses e que vai dividir as habituais 35 horas de trabalho por quatro dias em vez de cinco. O resultado ditará se os trabalhadores conseguiram concluir o seu trabalho durante os dias estabelecidos e ainda encontrar um melhor balanço entre a vida pessoal e profissional.


No entanto, neste campo, existem também críticos, que apontam para a possibilidade de o trabalho condensado em quatro dias poder provocar mais stress e ansiedade aos trabalhadores.


Nos últimos meses e até anos - no caso da Islândia - as semanas de trabalho de quatro dias foram impostas para se perceber se os trabalhadores conseguem realizar e concluir trabalho, reuniões e papelada em menos tempo.



Pelo menos, é este o objetivo do laboratório de ideias britânico Autonomy e também de investigadores das Universidades de Oxford, Boston e Cambridge. Quem o reafirma é o responsável por este programa-piloto, Joe O'Connor, que disse, em declarações ao canal de televisão "ITV", que 2022 "será o ano que viaja para um futuro de trabalho arrojado” e ainda que "mais e mais negócios apostam em estratégias focadas em produtividade que permitem reduzir o horário dos trabalhadores sem lhes baixarem o salário.”


Neste momento, é o Reino Unido a testar este modelo de trabalho e, por cá, permanece a questão no ar: quando é que chegará a vez de Portugal seguir este exemplo?