Numa altura em que a saúde mental é um tema que está na ordem do dia, um estudo foi tentar perceber como estão os alunos da Universidade de Lisboa e os resultados não foram os mais animadores.


Vamos aos resultados:


- Os alunos sentem-se frequentemente tristes, depressivos, irritados e nervosos. Segundo o Público, 65,9% sentem tristeza e depressão pelo menos uma vez por mês; no mesmo período, 73,2% ficam irritados e 67,7% nervosos;


- 20,4% dos alunos admitiram que se sentem nervosos quase todos os dias, enquanto 12,9% estão tristes e deprimidos diariamente;

- 24,5% têm uma “preocupação intensa que não os larga e não os deixa ter calma para pensar em mais nada”;

- Apesar de todos estes sintomas, os alunos não procuram ajuda profissional. Só um em cada cinco inquiridos foi ao psicólogo;



E este estudo veio ainda quebrar estereótipos. Os futuros engenheiros também se sentem por vezes em baixo. A psicóloga Margarida Gaspar de Matos, uma das autoras do estudo, revela que: “Os futuros engenheiros não são reconhecidos globalmente por terem mais sintomas de mal-estar psicológico, mas é muito natural que haja estes sentimentos de irritação, nervosismo, preocupação e tristeza”.


Será este estudo preocupante? É importante tentar perceber o contexto destes sintomas. Vimos de dois anos de pandemia, em que muitos alunos viram as suas faculdades a fecharem e o seu percurso universitário a ser interrompido.


Mas nem todos os resultados são maus:


- Mais de metade dos inquiridos respondeu que estão satisfeitos com a vida que têm;

- Menos de metade dos alunos (48,8%) consomem álcool e o tabaco é ainda menos frequente - apenas 15,6% fumam.