Espalhados por Portugal, existem alguns palácios que se destacam pela sua beleza, pela sua grandiosidade e pelo facto de terem sobrevido a muitos anos de História, mas há um que, neste momento, se destaca.


Para a empresa turística espanhola Civitatis, revelado pelo El Confidencial, o Palácio da Pena foi considerado um dos mais luxuosos, deslumbrantes e bonitos do mundo, ocupando a 4.ª posição. Neste ranking, o palácio português está ao lado, entre outros, do Palácio de Versalhes, em França, o Palácio Real de Madrid, em Espanha, e o Palácio de Potala, no Tibete.


De acordo com a empresa turística que incluiu o Palácio da Pena neste ranking, a obra arquitetónica portuguesa "tem um encanto que a torna incomparável (...) talvez pelas suas cores vivas, ou pela sua silhueta hipnótica, ou pelo seu estilo eclético".


Monumento nacional desde 1910 e Património da Humanidade da UNESCO desde 1995, a opinião dos portugueses é, provavelmente, unânime no que toca à beleza deste palácio, mas será que todos sabem porque é que o seu nome está relacionado com pena? Vamos lá conhecer!



Mandado edificar por um alemão, Fernando Augusto de Saxe-Coburg-Gotha, o marido da nossa rainha D. Maria II, o Palácio da Pena aparece neste ranking com destaque para as cúpulas, os terraços e as gárgulas.


O Palácio da Pena fica em São Pedro de Penaferrim, perto de Sintra, e tem algumas parecenças com o palácio de Neuschwanstein, perto de Hohenschwangau e Füssen, na Baviera, Alemanha.


Foi construído num local muito alto, escarpado e quase inacessível. É um dos palácios mais fotografados da Europa, representa a expressão máxima do estilo arquitetónico do “romantismo” e foi fruto do sonho de D. Fernando.


O Palácio da Pena foi comprado, em 1838, pelo rei-consorte D. Fernando, onde se encontravam as ruínas do antigo convento da Ordem de São Jerónimo e a sua construção terminou em 1847. O palácio deve o nome a uma pequena capela, construída neste mesmo local, em invocação a Nossa Senhora da Pena, no reinado de D. João II, para assinalar a ocupação desta escarpa da serra de Sintra.


A ideia deste Palácio saiu da cabeça e da criatividade de D. Fernando, marido da rainha D. Maria II e é o expoente máximo do Romantismo do século XIX em Portugal, com características manuelinas e mouriscas e ainda com alguma influência dos palácios da Alemanha, de onde D. Fernando era original. O rei-consorte fez questão de acompanhar pessoalmente a construção do palácio.


Em 1838, D. Fernando comprou o antigo mosteiro dos monges de São Jerónimo, já em ruínas, fundado pelo rei D. Manuel I, no alto cume da escarpada serra de Sintra. Adquiriu igualmente a cerca envolvente, o Castelo dos Mouros, tal como as matas em redor e algumas quintas ainda e resolveu construir, a partir deste mosteiro, um palácio ao gosto romântico tão característico do norte da Europa.


O próprio rei acompanhou, de perto, as obras do palácio, entregues ao arquiteto Barão von Eschwege. Apesar do difícil e íngreme acesso, os filhos mais velhos acompanhavam-no, por vezes, montados em cavalos ou póneis.


Este palácio foi construído com influências dos castelos do Reno, traços mouriscos e inspiração medieval nas torres. Também aqui, D. Fernando aplicou a sua preferência por espaços muito mais pequenos e acolhedores (do que as salas grandes habituais nos grandes palácios), para promover o convívio familiar e uma vivência de maior intimidade. Os jardins foram mandados fazer refletindo a mesma preocupação para que as crianças pudessem brincar nas pequenas torres, grutas e fontes.


O Palácio da Pena espelhava, em todo o seu interior, esse mesmo costume: aproximar as pessoas umas das outras e foi muito com este propósito que D. Fernando acompanhou, a par e passo, as obras do palácio e dos jardins circundantes, para garantir que tudo seria feito a seu gosto.


Depois das obras acabadas, D. Fernando mandou vir, de Londres, duas carruagens modernas para que a viagem da família de Lisboa (a residência dos reis era o Palácio das Necessidades), a Sintra, se fizessem apenas em duas horas. Ainda antes da edificação do palácio, ordenou a construção de uma estrada para que, com maior facilidade conseguisse chegar ao cimo da serra.


A localização no topo da montanha teve o objetivo de poder ser observado por todos, de qualquer ponto do parque e da floresta. E é, por isso, que quem passa pelo Palácio de Pena não deixa de o captar em fotografias ou vídeos para, mais tarde, recordar uma das obras arquitétonicas mais deslumbrantes do mundo.


Conhece agora os restantes palácios que, ao lado do Palácio da Pena, compõem esta lista:


1. Palácio de Versalhes, em França



2. Palácio de Topkapi, na Turquia



3. Palácio Real de Madrid, em Espanha



4. Palácio da Pena, em Portugal


5. Palácio de Buckingham, em Inglaterra



6. Palácio Real de Caserta, em Itália



7. Palácio Potala, no Tibete



8. Palácio de Schönbrunn, em Viena



9. Palácio de Verão, na China



10. Palácio Real de Banguecoque, na Tailândia