Todos conhecemos a sensação de extrema fadiga, falta de paciência e alguma intolerância ao próximo, quando dormimos pouco ou mal. Agora, um novo estudo diz que a privação do sono torna os seres humanos mais egoístas, insensíveis ao próximo e antissociais.


Neste estudo, realizado pela Universidade da Califórnia, publicado pela Plos Biology e citado pela Visão, os cientistas concluem que “a falta de sono prejudicou o desejo de ajudar os outros, independentemente de terem sido solicitados a ajudar estranhos ou conhecidos. Ou seja, a perda de sono desencadeia um comportamento antissocial e anti ajuda de impacto amplo e indiscriminado.”



Em um dos testes levados a cabo, nesta pesquisa, foi analisada a atividade cerebral de 24 pessoas, em duas situações opostas: numa delas, dormiram oito horas e, na outra, não dormiram toda a noite. A conclusão diz que a “vontade de ajudar os outros” reduziu em 78%, em situações quotidianas. Um outro teste analisou o sono, durante quatro noites, de 136 pessoas e os cientistas concluíram que a “qualidade do sono era mais importante do que a quantidade” na propensão para o egoísmo.




O estudo avança ainda que o simples facto de se perder uma hora de sono, como acontece, por exemplo, nas mudanças de hora de inverno e de verão, tem impacto no egoísmo ou altruísmo do ser humano e acrescenta também que “quando as pessoas perdem uma hora de sono, há um claro impacto na nossa bondade humana inata e na nossa motivação para ajudar pessoas necessitadas”.

Apesar de percebermos, por experiência própria, que a privação do sono influencia negativamente as nossas atitudes, este novo estudo vem comprovar cientificamente que não dormir ou dormir mal provoca comportamentos mais egoístas e atitudes insensíveis em relação ao próximo.