Carlos Lopes é um antigo velocista paralímpico que sofre de deficiência visual.

Este sábado, dia 10 de setembro, Carlos Lopes participou na iniciativa solidária de subir ao Pico acompanhado pelo labrador preto Cauê. O seu objetivo foi promover a autonomia e inclusão de pessoas com deficiência. Ao mesmo tempo também quis reforçar o apoio que se devia dar a escolas de cães-guia, segundo a agência Lusa, citada pelo Sapo.

Contou ainda à Lusa os objetivos desta ação: “Esta subida foi uma ação simbólica, para que outras pessoas possam encarar esta iniciativa como uma inspiração, para que a autonomia das pessoas com deficiência seja valorizada em pleno, e ajudar a perceber que a atividade física é verdadeiramente inclusiva.”






Existe apenas em Portugal uma formadora de cães-guia (Associação Beira Aguieira de Apoio ao Deficiente Visual), que apresenta uma lista de espera superior a três anos.

"Acho que conseguimos captar a atenção de particulares e empresas para a necessidade de apoiar uma associação única no país, que vive com 55% de apoios estatais, e 45% de donativos. Mas, ainda queremos, e precisamos, de mais. Não é pelo facto de a iniciativa já estar concluída que as causas se extinguem.”, explica também Carlos Lopes à Lusa.





A subida demorou cerca de cinco horas e vinte minutos, com um caminho de 2.350 metros a percorrer e Carlos Lopes conta que as más condições climatéricas deram ainda mais prazer: "Concretizámos o objetivo de subir à cratera do Pico. As condições climatéricas eram más, com ventos fortes e granizo. Muito pouca gente conseguiu subir ontem [sábado], eu fui um deles, vivi uma das experiências físicas mais exigentes da minha vida"; “foi ainda mais saboroso” chegar ao cimo, com o seu irmão Jorge e o guia Nuno Gonçalves.

Cauê, o cão-guia, aos 2.300 metros, “estava demasiado cansado e acabou por descer acompanhado.”

Subir ao El Teide (subida de 3.700 metros), em Tenerife, já é um próximo desafio pensado por Carlos Lopes!