Na semana passada, Dino d'Santiago viveu uma situação que denunciou nas redes sociais.


O cantor queria apanhar um táxi na praça do Rossio e viu esse seu pedido ser recusado por um taxista.


Através do vídeo que o cantor partilhou, percebeu-se que o motorista estava parado na praça de táxis, à espera, segundo o próprio, de uma senhora. No entanto, Dino d'Santiago não aceitou essa justificação e denunciou esta atitude, uma vez que, de acordo com o cantor, o motivo prendia-se com o facto de a viagem ser para a Amadora.


Perante a revolta de Dino d'Santiago, a Associação Nacional Táxis Unidos de Portugal (ANTUP) enviou um comunicado de imprensa a reagir ao sucedido.


A ANTUP, citada pela NiT, "lamenta a situação" e afirmou que "tomou conhecimento, pela comunicação social, da situação denunciada pelo cantor Dino D’Santiago". A mesma entidade citou o artigo 17 da lei 251/98 que esclarece que "’os táxis devem estar à disposição do público’, existindo algumas exceções para a recusa do mesmo".


A situação vivida por Dino d'Santiago levou a ANTUP a apelar para que "qualquer tipo de situação onde a lei não seja cumprida deverá ser denunciada em sede própria a fim de seguir os trâmites legais".


No entanto, a entidade considera que "a denúncia feita na Internet pelo cantor apenas denigre a imagem de um setor de forma abrangente incitando ao ódio, basta ver as dezenas de comentários", terminando dizendo que "[é uma] atitude que também lamentamos", de acordo com a mesmo publicação na NiT.


Entretanto, o vídeo partilhado por Dino d'Santiago do sucedido foi bloqueado pelo Instagram e o cantor acabou por desativar os comentários que, segundo o próprio, eram já uma "troca de mensagens de ódio e insultos a terceiros".


O cantor justificou a sua decisão ao ter partilhado aquele vídeo dizendo que "NÃO FOI, NÃO É e infelizmente NÃO SERÁ um caso isolado, tem acontecido desde sempre, mas desta vez tive um taxista, que acabou por me transportar a casa, que me incentivou e bem a denunciar, pois sabia que nenhum Táxi fica parado numa praça de Táxis à espera de alguém".


E terminou o seu último texto sobre a situação vivida com o taxista com um apelo "para todos os filhos e filhas dos subúrbios que, durante toda uma vida, foram obrigados a esconder as suas moradas e origens para que o simples ato de utilizar um serviço público não fosse considerado 'uma ameaça'".


O cantor apelou ainda para que "não façam como eu fiz durante a minha vida toda, ficar no silêncio, aceitando e normalizando porque afinal 'é assim'".