Os últimos dias foram marcados pela demissão de Alexandra Reis, ex-administradora executiva da TAP e, atualmente, também ex-secretária de Estado do Tesouro, e pela polémica que se gerou à volta disso mesmo.


Em fevereiro, Alexandra Reis saiu da TAP e recebeu uma indemnização de 500 mil euros, apesar de ter pedido, inicialmente, 1,5 milhões. Em julho, integrou outra empresa pública, a NAV, e, em dezembro, aceitou o cargo de secretária de Estado do Tesouro, tal como escreve o jornal Expresso e o Diário de Notícias.


Soube-se esta semana que Alexandra Reis recebeu essa quantia avultada de dinheiro por sair antecipadamente do cargo de administradora executiva da companhia aérea portuguesa.


A polémica cresceu, cresceu, cresceu até que culminou na sua demissão e também na de Pedro Nuno Santos, agora ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação.


Muitos foram os críticos sobre o pagamento desta indemnização, sendo que a imprensa, os canais de televisão e muitas vozes políticas já se manifestaram.


Entre as vozes críticas, está a de Ana Garcia Martins, mais conhecida como a Pipoca Mais Doce. Recorreu ao seu Instagram para comentar a polémica indemnização dada a Alexandra Reis e para criticá-la.


A humorista começou por escrever que "esta barracada que se está a passar na TAP é um embaraço do princípio ao fim (só para não dizer 'uma vergonha de todo o tamanho')".


Manifestou a sua preocupação sobre "acharem que o jornalismo em Portugal morreu e que já ninguém faz trabalho de investigação, do género 'podemos fazer o que quisermos, à socapa, porque nunca ninguém vai descobrir'" e ainda sobre "que nos tomem a todos por estúpidos", sendo que é "isto é o que me consome mesmo a sério".


O longo texto da Pipoca Mais Doce terminou com a crítica ao "sentimento de impunidade generalizado que grassa no sistema político, esta coisa do chico-espertismo, este sacudir a água do capote (...) porque quando vem a lume nunca ninguém sabe de nada, mesmo que as trafulhices sejam óbvias aos olhos de toda a gente, assim como as relações altamente privilegiadas e duvidosas, os conluios, os encobrimentos".



(Imagens: Instagram)