Para quem faz curtas viagens e, por norma, de baixo custo - as chamadas low cost -, está habituado a ter pouco espaço para as pernas e até para esticá-las, para estar confortavelmente no assento e até para dormir uma sesta. E, para as pessoas mais altas, o problema ainda é maior (literalmente)!


Muitos pensariam que esta seria a melhor forma para maximizar o espaço para que os aviões tenham ainda mais passageiros, mas parece que não...


De há uns meses para cá, um jovem desenvolveu um projeto universitário, no qual desenhou um protótipo de um novo modelo de assento para os aviões. As imagens tornaram-se virais, há uns meses, e, perante a atenção mundial que atraiu, o mesmo jovem, Alejandro Nuñez Vicente, tirou do papel o seu modelo e projetou-o na realidade.


Surgiu assim o Chaise Longue Economy Seat, que é, segundo o jornal El País, para "ser instalado numa cabine de dois níveis que tem filas de assentos tradicionais no chão e filas de assentos elevados".


Escreve o mesmo jornal que "este design permitirá às companhias aéreas maximizar o espaço sem sacrificar o conforto dos passageiros", uma vez que "as pessoas poderão esticar-se até estarem quase completamente horizontais, como se estivessem sentadas num divã ou numa chaise longue".


Com este novo modelo, a bagagem dos passageiros é arrumada debaixo do assento e surge a oportunidade de, nos voos low cost, recliná-lo sem problema. Segundo o jornal El País, "foi acrescentado espaço extra para as pernas dos passageiros sentados nas filas inferiores, uma vez que as filas de bancos não estão alinhadas uma após a outra, um assento pode ser reclinado muito mais do que o normal sem perturbar o passageiro atrás".


Algo que, até ao momento, não acontece da melhor forma, uma vez que quem reclina o assento vai acabar por perturbar a pessoa que está atrás e assim sucessivamente.


Perante a possibilidade de o Chaise Longue Economy Seat ser comprado por companhias aéreas, um ex-comandante da TAP fez circular as imagens e a sua opinião, pelo que o assunto está, novamente, a dar que falar.


Um ex-piloto e comandante da TAP, José Correia Guedes, recorreu ao Twitter para escrever que a experiência de viajar pode tornar-se ainda mais "desconfortável".



As opiniões dividiram-se, nos comentários, entre aqueles que não "desgostam" da ideia e que o modelo "parece mais confortável" e aqueles que a criticam e afirmam que "a indústria da aviação está a cavar literalmente a sua cova, meu Deus, que coisa tão ridícula".