Mais uma censura dos tempos modernos, desta vez com a bíblia. Várias escolas básicas em Utah, nos Estados Unidos, proibiram a Bíblia, depois do pai de uma criança ter alegado que o livro religioso continha passagens pornográficas.

Nos últimos tempos, são cada vez mais os livros cujas passagens são alteradas ou retiradas para remover linguagem potencialmente ofensiva. Este é um fenómeno que tem vindo a ganhar cada vez mais destaque. Há quem os chame de leitores de sensibilidade, segundo o The Guardian, e têm como missão melhorar a diversidade na indústria editorial. Para isso, avaliam publicações recentes e antigas para detetar linguagem ou descrições potencialmente ofensivas.


Segundo o The Salt Lake Tribune, este pai, que motivou a retirada da bíblia de várias escolas de Utah, aproveitou-se de uma lei estatal, que tem sido muito utilizada por grupos conservadores, que permite a proibição de livros didáticos considerados impróprios para os alunos nas escolas. Em causa estão passagens sobre incesto, violação e prostituição, que inclui "vulgaridade ou violência inadequada para estudantes mais jovens", segundo cita a BBC.



Na mesma onda, vários clássicos da literatura também estão a ser alterados. Desde o livro "Morte no Nilo", "Charlie e a Fábrica de Chocolate", os livros do 007 e até os clássicos de Agatha Christie.