Sabemos como é bom darmo-nos aos outros. Sabemos também que, no Natal, somos mais sensíveis a quem está sozinho, a quem tem pouco, a quem tem vidas complicadas e problemas difíceis.

Esta história é inspiradora e põe-nos a pensar... É que por pouco que tenhamos, temos sempre alguma coisa que podemos dar aos outros.

Diz-se que, há muito tempo, cerca do século III depois de Cristo, dois irmãos, chamados Crispim e Crispiano, eram perseguidos pelos romanos por serem cristãos. Fugiram muito e sem direção até se afastarem demasiado de casa.

Perdidos e cansados, no meio de um bosque escuro, pediram abrigo batendo à porta de uma cabana, isolada no meio das árvores, naquela noite fria.

Acolheu-os com boa vontade uma mulher pobre que lá vivia só com o filho. Deu-lhes de comer e deixou-os dormir na sua humilde casa.

Durante a noite, os dois irmãos decidiram fazer uns sapatos à mão para deixar ao filho que andava descalço.

Ofereceram os sapatos à criança, deixando-os junto ao lume da lareira que aquecia a casa, como agradecimento pelo acolhimento que, apesar de pobre, a mulher lhes tinha dado. E partiram.

Conta esta história que, na manhã seguinte, a mulher e o filho encontraram os sapatos, feitos por Crispim e Crispiano, cheios de comida e de roupa.

Certo é que, em vários países, existe o hábito de se pôr meias penduradas na lareira ou junto das janelas.

E, em Portugal, ainda se diz “pôr o sapatinho na chaminé.”

É uma história inspiradora que mostra que o Natal é ter este espírito: dar a quem precisa mais do que nós.