Se há coisa que faz bem à alma é viajar e quando temos a sorte de estar a poucas horas de avião de verdadeiros paraísos no meio do oceano, melhor ainda, até nos podemos dar ao luxo de passar só um fim de semana, foi o que fiz, fui ao paraíso e voltei.



A Madeira é uma ilha plena, perfeita para relaxar, passear, explorar, dormir, mergulhar, beijar, dançar, comer, caminhar e cheia de aventura, eu confesso que escolhi a abordagem mais zen à ilha, eu queria mesmo descansar e aproveitar o melhor que a ilha tinha para me dar, recebi muito mais do que esperava. Já ia com expectativas altas, mas ainda fiquei mais surpreendida e a simpatia dos madeirenses é uma constante.


Chegámos e fomos logo recebidos pelo busto retocado do Cristiano Ronaldo, e por bolo de mel à chegada. Dado ao adiantado da hora recusei a poncha, até porque no dia seguinte íamos ter que acordar cedo, tínhamos todo um mercado de cores e sabores à nossa espera, o mercado dos lavradores. A ida ao mercado foi toda uma experiência sensorial. O cheiro logo à entrada a frutos tropicais misturado com o perfume das flores, a boa disposição das vendedoras, trajadas a rigor, a descoberta de frutos de que nunca tinha ouvido falar como maracujá de banana e fruto do dragão? Perdi-me no mercado, com tanta variedade e cor, perfeito para tirar fotos bonitas.



Antes do almoço, ainda tive tempo de conhecer a rua de Santa Maria, uma rua típica que é também uma verdadeira galeria ao ar livre, as portas estão todas pintadas e até a Amália estava ao virar da esquina. O almoço foi na marina, com o solinho a bater na cara, um sumo de maracujá fresquinho e em plena época das lapas. Soube mesmo bem! No final, os doces incríveis, quase tudo sempre com muito maracujá à mistura.



Demos mais umas voltas pela marina, numa de fazer a digestão, porque a tarde ia ser passada num barco, ao longo da costa e a ver golfinhos. Sim, porque as baleias não quiseram nada connosco, tivesse eu levado fato de banho e tinha dado para mergulhar no meio do oceano, mas o momento alto foram mesmo os golfinhos e as bebidas fresquinhas servidas no barco, ao mesmo tempo que dizemos olá à paisagem e eternizávamos momentos, com fotos bonitas.
Foram mais de duas horas de passeio e nem demos pelo tempo a passar.


Já em terra e com vontade de ir a banhos na Madeira, fomos a correr para o hotel para aproveitar a piscina de água doce que se mistura, com a de água salgada. Depois do jantar mais doces, suspiro de maracujá que é divinal.



No dia seguinte o programa incluía uma aula de golfe, confesso que fui a zeros nunca tinha pegado num taco de golfe sequer, mas o professor João foi incansável e com uma paciência infinita ensinou me técnicas ao nível Tiger Woods, mas o que gostei mais foi o passeio de buggy pelo campo, um dos maiores do país e o quarto mais antigo também, o campo de golf do Santo da Serra. Só não deu para rebolar pelas colinas porque já não tinha mais nenhuma muda de roupa.



O almoço foi típico como se quer. Durante esta viagem, fiz questão de experimentar os pratos típicos da ilha. Assim tem mais graça e que bom que estava o peixe espada frito com banana, maracujá e milho frito, também o bolo preto e o crumble de maçã são de perder a cabeça e a linha.



O dia terminou com uma “sestinha” depois do almoço na quinta do Santo da Serra, um mundo de descoberta para os mais novos. Cheio de animais, os cavalos foram os preferidos, passeamos muito por ali, uma espécie de floresta encantada, mas com palmeiras tropicais. Lindo e “zennn”.



Não poderíamos regressar a Lisboa de barriga vazia por isso a última paragem foi no senhor Luciano do bolo do caco, uma especialidade com manteiga de alho, maravilhosa. Regressámos de barriga cheia e de sorriso rasgado, com muita vontade de conhecer mais e mais, por isso já decidimos, este ano ainda vamos voltar.


Madeira obrigada de coração e de estômago também.