Wuhan apareceu no mapa dos nossos conhecimentos geográficos pelas piores razões.


Até há semanas, poucos tinham ouvido falar em Wuhan. O recente e galopante surto de uma doença pulmonar grave lançou as nossas atenções para Wuhan, uma cidade na China.


Mas afinal que cidade é esta?



Conhecida como a “Chicago da China”, pelo tipo de localização geográfica, Wuhan situa-se na planície oriental de Jianghan, no cruzamento do rio Yangtze com o rio Han e formou-se a partir de 3 cidades.

Tem estatuto administrativo de província e é o centro político, financeiro, comercial e académico do centro da China. A 7ª cidade mais populosa do país, com mais de 10 milhões de habitantes, Wuhan congrega e cruza estradas, ferrovias e vias fluviais que ligam cidades e centros económicos e industriais da China, com especial destaque para o rio Yangtze e rio Han.



Para além da importância industrial, comercial e logística, também é académica e tecnologicamente um centro de relevância. Wuhan foi, em 2107, nomeada, pela Unesco, cidade criativa do design.



A cidade tem pontos turísticos dignos de visita – não aconselháveis de todo neste momento por ser, como sabemos, o epicentro da epidemia do coronavírus – e uma História com 3500 anos.

Foi em Wuhan que se deu uma revolta (10 de outubro de 1911) que provocou a queda da dinastia Qing, dando início à República da China. Em 1927, Wuhan foi a capital da China durante algum tempo tal como o foi também, por alguns meses, em 1937, aquando da guerra sino-japonesa.



Fica a esperança de que esta forte epidemia seja travada e as suas consequências abrandadas bem como os efeitos na saúde pública, na economia e no bem-estar possam ser reduzidos ou tenham o menor impacto possível.