Costumam estar presentes em situações de maior nervosismo ou ansiedade, quando estamos prestes a começar uma entrevista de trabalho ou a fazer um exame.



Para além dessas situações comuns, as borboletas aparecem com mais frequência quando estamos perante uma pessoa de que gostamos. E porque é que isso acontece?


No artigo escrito pelo fisiologista Bradley Elliott, publicado pela The Conversation, esta sensação difícil de descrever envolve o sistema nervoso do corpo, que está dividido em dois tipos: o simpático e o parassimpático – ou o sistema de luta e fuga e descanso e digestão, respetivamente.


Ambos estão interligados, uma vez que o sistema simpático controla o aumento da frequência cardíaca, no corpo, enquanto o parassimpático o reduz.


É através deles que o corpo se mantém alerta para situações de stress e de ansiedade e desenvolve formas de reagir. Quando nos deparamos com alguma situação adversa, seja um pedido de namoro inesperado ou até um susto, o nosso organismo liberta adrenalina que aumenta a frequência cardíaca e que, por sua vez, bombeia o sangue mais rápido.


Quando isto acontece, a nossa força é direcionada para os músculos dos braços e das pernas, mas quem se ressente mais é o intestino que fica com os músculos contraídos.



Pelas palavras de Bradley Elliott, o sangue, ao ser redirecionado para outros músculos, acaba por ter um menor fluxo no intestino, levando a que adrenalina libertada acabe por restringir parte da parede intestinal.


É a redução do fluxo sanguíneo no intestino que produz a conhecida sensação de borboletas no estômago, que são os nervos sensoriais a indicar ao organismo que estamos mais ansiosos ou nervosos ou até felizes com determinadas situações.


A associação desta sensação a borboletas popularizou-se, entre várias culturas, porque a sensação sentida no estômago se assemelha, ao que parece, à agitação dos insetos no ar.