Habitualmente ligamos as bicicletas à Holanda, por razões óbvias. Só que não foi neste país que a bicicleta "nasceu". Foi criada, não muito longe, num outro país.


Ao que parece, a Holanda é o país do mundo onde circula o maior número de bicicletas, uma vez que para cerca de 17 milhões de habitantes existem 22 de milhões de bicicletas.


Para além de ser o meio de transporte oficial das autoridades e dos serviços como os correios, muitos habitantes têm mais do que uma bicicleta, que usam para o trabalho e para momentos de lazer.



No entanto, a bicicleta não nasceu na Holanda e só se popularizou na região muitos anos depois de ter sido inventada.


Ao que parece, a bicicleta, com as características pelas quais é conhecida, nasceu em 1817 pela mão de Karl von Drais, alemão.

Com o objetivo de desenvolver um meio de transporte mais rápido e eficiente e até melhor de manter do que os cavalos que se utilizavam na altura, surgiu a ideia de criar a bicicleta que foi apelidada de “máquina corredora”.


Apesar de o modelo inventado pelo alemão Karl von Drais ter sido feito em madeira, surgiram, com o tempo, outras variações a ferro e com pedais até se chegar à bicicleta que, atualmente, conhecemos e utilizamos.


Ainda antes de se popularizarem na Holanda, a bicicleta inventada por Karl von Drais fez sucesso em França e Inglaterra, tendo aí ganho muitos adeptos.


No entanto, após o final da 2ª Guerra Mundial, o crescimento exponencial da utilização dos carros sobrepôs-se às bicicletas, que começaram a ser mais utilizadas pelas crianças.


Na Holanda, entre 1950 e 1960, com a massiva utilização dos carros, as estradas ficaram sobrelotadas, o trânsito interminável e as bicicletas perderam o espaço que tinham nas ruas. Para além de que, com a pouca fiscalização na estrada, se multiplicaram os acidentes. Muitos habitantes saíram à rua para exigirem melhores condições de ciclovias, pelo que até foi formado um movimento social que pedia segurança na estrada para todos e especialmente para as crianças.


A crise do petróleo, que aconteceu no Médio Oriente, em 1973, quando os países produtores de petróleo pararam as exportações para os Estados Unidos e para a Europa Ocidental, afetou todos aqueles que utilizavam como meio de transporte principal o carro.


Todas estas pressões obrigaram o governo holandês a investir em melhores ciclovias e em mais direitos para aqueles que as utilizavam. A partir desta decisão, as estradas foram adaptadas para que as bicicletas conseguissem circular da mesma forma que os carros.



Com o passar dos anos, muitos habitantes trocaram os carros pelas bicicletas por ser um meio de transporte mais prático e até mais sustentável, tendo influenciado as gerações mais novas a preferirem a bicicleta nas suas deslocações diárias.