Os filmes de terror são um bálsamo para algumas pessoas. Muitas pessoas. Os números falam por si: só no ano passado foram feitos 55 filmes de terror; este ano, só até abril, tinham sido produzidos 68 filmes de terror e de 1930 a 2006, foram feitos 874 filmes de terror em todo o mundo.


Estes dados refutam qualquer teoria que defenda que o público não gosta de filmes de terror.

O espetador sente a adrenalina, já sabe que, a qualquer silêncio, vem um grito que o vai fazer ter a mesma reação, e muito provavelmente terá de colocar as mãos à frente da cara, dado o teor da cena. No entanto, apesar do medo, não diz que não a um filme de terror. Sobretudo no cinema para ter a verdadeira experiência. E porquê? O que faz o ser humano gostar de um filme que sabe que o poderá “aterrorizar”?



Existem várias respostas para esta pergunta. Por um lado, as pessoas estão habituadas a viver em ambientes confortáveis e seguros e, por isso, é improvável que experimentem sensações fortes como o medo. Por outro, o ser humano está programado para lidar com estímulos assustadores, que são despertados pelos filmes de terror.


Este género de filmes permite a fuga à realidade e à rotina e permite experimentar sensações fortes que nos fazem sentir vivos. Além disso, depois de uma descarga de adrenalina, as pessoas sentem-se felizes e relaxadas.

Ver filmes de terror é como lidar com uma ameaça na vida real, mas em circunstâncias falsas, e simular a recompensa sentida após essa experiência. E podem ainda ser terapêuticos, porque ensinam o espetador a ter medo, o que pode ajudar a lidar com os medos do dia a dia.

És este tipo de pessoa que gosta de experimentar todas estas sensações ao ver um filme de terror? Se não é o teu caso, qual é a probabilidade de te termos convencido a ver um filme de terror?