Os números são do ano passado, mas mostram uma realidade que é vivida por milhões de pessoas em pleno século XXI: cerca de 21 milhões de pessoas, sobretudo mulheres e meninas, são vítimas de tráfico humano, denunciou a Cruz Vermelha.

O tráfico de seres humanos é um crime complexo, pois implica diferentes ações, formas de violência e de exploração.

Este crime aproveita-se de situações de vulnerabilidade, como conflitos armados, pobrezas e perseguição para explorar pessoas, fazendo com que outras lucrem com o comércio de seres humanos. E muitas vezes esta é a última escolha das vítimas, que apenas procuram um novo recomeço.

E Portugal não é apenas um ponto de passagem, mas também um destino. Por ser um país que está perto do Mediterrâneo, por fazer ponte entre África e a Europa e América Latina e o resto da Europa.

Vivemos numa época em que milhares de migrantes e refugiados arriscam a vida e depositam todos os seus sonhos e ambições num barco de plástico, que muitas vezes se fica pelo mar.



Neste Dia Europeu de Combate ao Tráfico de Seres Humanos, celebrado a 18 de outubro, falamos sobre o que se está a passar na costa algarvia.


Por lá, já chegaram quase 80 pessoas a bordo de embarcações oriundas, a maioria, de El Jadida, em Marrocos. Partem em busca de uma entrada na Europa.


Agora, foi detida a primeira pessoa responsável por este crime de tráfico de seres humanos. Trata-se de um cidadão marroquino que, segundo o Correio da Manhã, terá chegado ao Algarve, no final de setembro, numa embarcação onde seguiam outros migrantes.


O homem foi constituído arguido pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Esta foi a primeira detenção relacionada com este esquema.


O tráfico de seres humanos ainda é algo que acontece em pleno século XXI. E muitas vezes numa realidade mais próxima do que aquilo que se pensa. É imperativo que a sociedade tenha consciência de que há pessoas ao seu redor que têm os seus direitos humanos violados.