O desemprego jovem está a aumentar em toda a União Europeia e muito por causa da Covid-19. Em agosto, a taxa de desemprego jovem na UE subiu de 14,9% - média antes da pandemia - para 17,6% e a previsão é que continue a subir. Em Portugal, a taxa de desemprego jovem estava nos 26,3%, em agosto.


Com estes valores, e com a perspetiva de que isto é um processo que vai levar tempo até recuperar, o Parlamento Europeu aprovou na passada quinta-feira uma resolução em que pede aos países para adotarem medidas que ajudem os jovens. Sobretudo nesta época.


Uma destas medidas prende-se com o fim de estágios não remunerados que o Parlamento Europeu classifica como “uma forma de exploração do trabalho dos jovens e uma violação dos seus direitos”.



A solução passa pela criação de “um instrumento jurídico comum que garanta e imponha uma remuneração justa aos estágios e aos programas de formação e aprendizagem no mercado de trabalho da UE”, segundo o texto aprovado.


O Parlamento Europeu insiste ainda na inscrição dos jovens no programa Garantia para a Juventude que dá acesso a ofertas de emprego, formação, aprendizagem ou estágios. Desde 2013, esta Garantia já ajudou mais de 24 milhões de jovens da União Europeia.

Os jovens precisam, mais do que nunca, de uma rede de apoio que lhes permita ter a oportunidade de mostrarem o seu talento e profissionalismo. Há muita vontade para singrar. Só precisam de quem os apoie neste caminho.