Quartos partilhados com outros estudantes infetados, sem condições para prosseguir os estudos com normalidade, ligação à internet instável e comida fria, que não respeita as restrições alimentares de alguns alunos.


É assim que os alunos infetados com o novo coronavírus estão a passar os seus dias, nas residências do serviço de ação social da Universidade de Lisboa. A denúncia é feita pela Brigada Estudantil, em comunicado, que pede esclarecimentos às entidades competentes.


Chegámos cá e encontrámos quartos com 2x4,5 metros, a arrumação era feita numa espécie de cacifos e sem secretária para estudarmos. Partilhava quarto com mais três estudantes infetadas de várias residências que não conhecia, a casa de banho é partilhada por um piso inteiro de infetados e deram-nos ainda a opção de assistir às aulas à distância no chão do corredor”, descreve uma aluna, que foi realojada na Pousada da Juventude, à Renascença.


Sem condições para assistirem às aulas, via Zoom, os alunos temem chumbar às cadeiras. E com o aumento do número de estudantes infetados, teme-se que esta seja uma situação que vá continuar e, em último caso, piorar.


Os alunos ainda não obtiveram nenhuma resposta e até lá terão de viver e tentar estudar nestas condições.