O aumento acentuado de casos de Covid-19 no nosso país está já a sobrecarregar alguns hospitais. Muitos, neste momento, não conseguem gerir da melhor forma as camas hospitalares para os doentes que lá chegam, todos os dias. Para além disso, muitos hospitais afirmam que tem sido difícil encaminhar doentes para outras unidades de saúde sem se saber se há ou não camas disponíveis.


Com o objetivo de travar este problema e de arranjar uma solução rápida e eficaz, as Forças Armadas desenvolveram um modelo estatístico para ajudar os hospitais a gerirem as camas hospitalares na zona da Grande Lisboa.



Através de um modelo que prevê o número de internamentos, que inclui várias contas e estatísticas, os hospitais vão conseguir gerir de uma forma mais eficaz a ocupação das camas disponíveis, de acordo também com a curva da pandemia em Portugal.


“Foram previsões de quatro dias que permitem perceber o que é que vai acontecer e, dessa forma, os hospitais posicionam-se e preparam-se como um grupo para enfrentar essas variações” explicou Almirante Gouveia e Melo, Estado-Maior-General das Forças Armadas, à SIC.


Até agora, os hospitais, que precisam de saber onde existem camas vagas, são obrigados a telefonar para as outras unidades de saúde. Com este modelo, que pretende ser alargado a outras zonas do país, os próprios hospitais vão conseguir prever isso mesmo.


Para já, os militares afastam a necessidade de construir hospitais de campanha, estando focados no desenvolvimento deste método que deve chegar ao norte do país em breve.