Saber esperar é uma virtude e em 2020 pode ser um ato de grande paciência!

Estamos prestes a terminar este ano, que nos pôs a todos à prova e a muitos levou a paciência a limites nunca antes pensados. Arrancou-nos planos, colocou-nos em casa e, agora, realizar tarefas, que antes eram rotineiras e demorariam minutos, pode ser um teste à nossa paciência. Por exemplo, ir ao supermercado implica esperar em longas filas, desde a entrada até à caixa de pagamento, entre tantas outras tarefas e afazeres do nosso quotidiano.


No entanto, há uma boa notícia que pode trazer algum alívio. Um grupo de investigadores japoneses defende que a paciência pode não depender apenas da virtude humana, mas sim de outros fatores.



Estes investigadores fizeram uma experiência e verificaram que a presença de serotonina torna os seres mais pacientes. A serotonina está relacionada com a nossa capacidade de aprendizagem, humor, ou com o nosso sono, apesar de estar também ligada à ansiedade, dores de cabeça e falta de apetite.


A experiência foi feita com ratos. Na experiência, os ratos tinham de colocar o nariz dentro de um buraco e esperar que lhe fosse dada uma porção de comida. O objetivo era ver se eram capazes de esperar pela dita comida.


Foram realizados quatro testes e no último não lhes foi dada comida. Ao longo da investigação, percebeu-se que o nível de serotonina presente nos ratos aumentava o número de tempo que estavam dispostos a esperar pela sua recompensa.

Os investigadores concluíram que a paciência é apenas mais um dos comportamentos que são afetados pelos níveis serotonina – quanto maiores os seus níveis, mais paciência demonstraram os ratos enquanto aguardavam pela comida.

Também nos seres humanos processo idêntico se verifica. Portanto, a paciência depende dos níveis de serotonina que temos.
É caso para se dizer que ou se nasce com serotonina, ou não se nasce. No entanto, a paciência ou a falta dela também se pode treinar.
Ainda assim, é a paciência, afinal, “defeito ou feitio”?