Na Indonésia, os influencers são dos primeiros a receber a vacina contra a Covid-19
PARA ALÉM DE IDOSOS, PROFISSIONAIS DE SAÚDE E PESSOAS DE RISCO, OS INFLUENCERS TAMBÉM FAZEM PARTE DO GRUPO PRIORITÁRIO DA VACINAÇÃO, NA INDONÉSIA
Ter um grande número de seguidores nas redes sociais é um fator decisivo para integrar o grupo prioritário para a vacina contra a Covid-19, na Indonésia.
Raffi Ahmad foi um dos influencers escolhidos. Com quase 50 milhões de seguidores no Instagram, o ator partilhou o momento em que recebeu a vacina, esta quarta-feira. “Alhamdulillah [Louvado seja Deus] pela vacina... Não tenha medo das vacinas”, escreveu.
Esta estratégia tem tudo para correr bem, dado o poder que estas pessoas têm, por norma, para influenciarem os outros. No entanto, não tardou a chegar a primeira polémica.
Depois de Raffi receber a vacina, foram publicadas umas fotografias suas numa festa com um grupo de amigos, sem máscara, nem distanciamento. As críticas - tanto a ele, como às autoridades - foram tantas, que Raffi emitiu ontem um pedido de desculpas no seu Instagram.
“Em relação ao incidente (...) em que fui visto reunido com amigos sem máscara e sem manter distância, primeiro peço desculpas ao Presidente da República da Indonésia, Joko Widodo, ao secretariado presidencial, KPCPEN, e também a todos os indonésios por este incidente.”
Ainda é um plano recente e não há dados suficientes para se saber se já está a surtir efeito. O esforço pela parte do governo foi feito, contando que os influencers influenciem de facto a população no sentido de serem mais recetivos à vacinação.