Diz a física que os opostos se atraem. Esta expressão, tão querida por muitos, também costuma ser aplicada nos relacionamentos. Será que, no amor, é mais forte o que nos une ou o que nos separa?


De certeza que conheces pelo menos um casal que, a teu ver, não tem nada a ver um com o outro e acabas por ser sempre surpreendida/o porque, à medida que os anos passam, eles parecem estar mais fortes do que nunca.

Nada melhor do que esclarecer esta questão no Dia do Oposto, que se comemora esta terça-feira, 25 de janeiro.



A ciência decidiu testar o senso comum e, ao fim de várias décadas de investigação, concluiu que... os opostos não só não se atraem, como se repelem.


Um estudo, publicado na Psychological Science, mostra que, quer para amizade quer para o amor, as pessoas tendem a procurar parceiros que sejam idênticos a si.

Com base no comportamento online de cada um dos participantes deste estudo, os investigadores notaram que o gosto pelas mesmas páginas e a forma idêntica de escrever eram fatores que faziam com as pessoas se sentissem atraídas umas pelas outras.

E quanto maior o nível de igualdade, maior a probabilidade de desenvolverem uma amizade ou relação amorosa.

Os resultados obtidos mostram que as semelhanças de personalidade podem ser fundamentais para a união entre duas pessoas.



O professor e psicólogo Virem Swami explica que as pessoas com quem não partilhamos o mesmo tipo de gostos ou opiniões tendem a provocar-nos sentimentos negativos que nos podem levar a sentir repulsa por elas. E vai mais longe. O especialista defende que alguém com ideias opostas às nossas gera uma certa ansiedade e confusão nas nossas cabeças.


Isto porque, estar com alguém que partilha das mesmas ideias que nós, acaba por, segundo Virem Swami, validar as nossas atitudes, o que nos dá consistência.

No entanto, também há situações em que o casal se separa por serem demasiado parecidos. É também no confronto com ideias opostas às nossas que crescemos e que desenvolvemos o nosso pensamento crítico.

Por isso, no geral, os especialistas defendem que, mais do que personalidades parecidas, é preciso ter personalidades que se complementam. E esquecer a ideia de que os opostos se atraem, pois está provado que isso raramente acontece.

Só tens de procurar alguém com qualidades e atitudes semelhantes às tuas, mas que ao mesmo tempo te permita auto-expandir.