Estima-se que existam 400 mil portugueses isolados no dia das eleições legislativas, que acontecem a 30 de janeiro. O voto de cada um deles é importante e poderá fazer a diferença e, por isso, o Governo decidiu permitir que os isolados saiam de casa, excecionalmente, para irem votar.


Perante o aumento abrupto de casos positivos e de casos supeitos, existe uma grande fatia da população que vai estar confinada quer porque testaram positivo para a Covid-19, quer porque coabitam com quem testou positivo. E, rapidamente, se procurou soluções para colmatar isso mesmo!


Após uma reunião no Infarmed, chegou-se à conclusão que a solução seria então permitir que as pessoas em confinamento obrigatório possam quebrá-lo para irem exercer o direito de voto.


O Governo recomenda ainda que as pessoas isoladas votem no final do dia para se evitar aglomerados e aponta para o intervalo entre as 18h e as 19h da tarde, tal como confirmou Graça Freitas na conferência de imprensa que aconteceu esta quarta-feira. Na mesma conferência de imprensa, a diretora geral da Saúde afirmou que, "cumprindo as regras, o risco de contágio é minímo".


Existe ainda a recomendação para que os isolados não utilizem os transportes públicos para se dirigerem até às respetivas assembleias de voto e, por isso, a deslocação deve ser feita em "carro próprio ou a pé, se possível".



Estão reunidas "todas as condições para as pessoas votar seguramente" assegurou a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem. No entanto, e apesar de ser permitido o voto de isolados, apela-se, sobretudo, ao voto antecipado, que acontece no dia 23 de janeiro.


Todos os eleitores podem inscrever-se no voto antecipado entre os dias 16 e 20 de janeiro e, se por alguma razão, não conseguirem votar no dia 23 de janeiro, podem fazê-lo, sem problemas, no dia 30.