O mundo continua de olhos postos e muito atento à escalada de tensão e à guerra que cresce, de dia para dia, na Ucrânia.
Entretanto, no Japão, também se fala de uma outra coisa que está a causar indignação...
No centro da polémica está o facto de algumas escolas japonesas proibírem as alunas de utilizar rabos de cavalo. Isto porque, de acordo com aqueles que acham o penteado desadequado para ambientes escolares, expõe a nuca das alunas, o que pode despertar uma atenção mais sexual dos rapazes.
Esta regra faz parte de outras tantas impostas nas escolas japonesas que ditam a "cor da roupa interior" e o "comprimento das meias dos alunos".
Há poucos dias, o site "VICE World News" esteve à conversa com um antigo professor do ensino médio japonês que confidenciou que já deu aulas em cinco escolas diferentes e todas elas proíbem a utilização do rabo de cavalo. Esta confidência levantou, novamente, muitas críticas à regra e chegou aos jornais de várias partes do mundo.
Atualmente, o professor Motoki Sugiyama está a expor as exigências feitas aos estudantes ao mesmo tempo que apela às escolas para que abandonem "as regras que são datadas, completamente sexistas ou que inibem a auto-expressão de uma criança." Na entrevista que concedeu ao mesmo site, o professor assume que sempre criticou "estas regras, mas porque há tanta falta de crítica e se tornou tão normalizada, os estudantes não têm outra escolha senão aceitá-las".
Até ao momento, não existem estatísticas que demonstrem a quantidade de escolas onde se impõe esta proibição, mas o site "VICE World News" deu conta de um inquérito de 2020 que sugere que "cerca de uma em cada dez escolas da prefeitura do sul de Fukuoka [cidade japonesa] proibiu o penteado."
Nas escolas, os regulamentos severos, conhecidos como buraku kōsoku, remontam à década de 1870, quando o "governo japonês estabeleceu, pela primeira vez, um sistema de educação regulamento", de acordo com o site "VICE World News". Ao que parece, nessa altura, as regras apertadas serviam para reduzir a violência nas escolas. Com o passar dos anos, algumas escolas foram alterando essas regras, mas existem outras em que tudo se mantém igual.