Assim que o Manchester City conquistou o título na Premier League, no dia 22 de maio, frente ao Aston Villa no Etihad Stadium que milhares de adeptos invadiram o relvado para fazer a festa com os jogadores. Foi um jogo épico, com uma grande reviravolta nos últimos minutos do jogo e que culminou com a vitória para os citizens - a quarta em cinco anos.


Viveram-se momentos de grande euforia naquele estádio. Felizmente tudo correu bem, mas a história podia ter sido diferente se o jogador português João Cancelo não tivesse ajudado uma criança perdida na multidão.

A história é contada pela própria mãe do menino de 10 anos, que sofre de autismo, ao Manchester Evening News. "O Ollie saiu disparado a correr [no final do jogo]. Tem autismo e não tem noção dos perigos, por isso ficou entusiasmado e começou a correr. Ele costuma ir muitas vezes ao estádio com o pai. Estava a ver o jogo pela televisão e vi o Lee [o pai] a correr pelo campo mas não vi o Ollie. Entrei em pânico."


Graças a João Cancelo, tudo acabou por correr bem. "O Cancelo puxou-o e envolveu-o num abraço. Beijou-lhe a testa e afastou as pessoas. Foi bastante rápido mas as pessoas estavam a empurrar-se umas às outras. O meu filho estava aterrorizado. Não pode estar sozinho, tem de estar supervisionado. Se não fosse pelo Cancelo, que não só o abraçou, mas também ficou com ele até o pai chegar, poderia ter sido uma história totalmente diferente."



"Não há palavras para lhe agradecer. Ele provavelmente nem sabe o quão importante foi. Até o Ollie diz ‘Podia ter morrido naquele dia’. É verdade, podia ter morrido. Olhando às pessoas que estavam à sua volta, não teria a mínima chance. Do fundo dos nossos corações, não há palavras para agradecer-lhe pelo que fez. Como mãe, a uns 1.000 quilómetros sem poder fazer nada… O coração parou quando vi o pai dele correr pelo campo. Assim que esticou os braços para ir ter com o pai, o Cancelo empurrou um tipo para abrir caminho. Depois disso foi à sua vida, não tivemos oportunidade para lhe agradecer e expressar a nossa gratidão pelo que fez."