Dois anos depois da pandemia, surge a questão: será que na hora de infetar, a Covid-19 escolhe quem prefere, entre homens ou mulheres? E quem escolhe para se apresentar com o máximo de sintomas?
Foi desenvolvido um estudo pela farmacêutica norte-americana Johnson & Johnson (J&J) que avaliou dados de aproximadamente 1,4 milhão de doentes e trabalhos científicos realizados entre dezembro de 2019 e agosto de 2020, sobre a Covid-19, e entre janeiro de 2020 a junho de 2021, sobre Covid longa.
Covid-19 longa é aquela em que os sintomas persistem por mais de quatro semanas, após a infeção.
Preparado para o veredicto final?
As mulheres são quem levam a taça. São quem apresentam maior probabilidade de desenvolverem Covid longa.
E quanto aos sintomas, estes também diferem consoante o género. Elas apresentam uma variedade de sintomas, incluindo problemas de ouvido, nariz e garganta, distúrbios de humor, neurológicos, cutâneos, gastrointestinais e reumatológicos, assim como fadiga. Já os pacientes do sexo masculino são mais propensos a apresentar distúrbios endócrinos, como diabetes e distúrbios renais.
E isto é explicado pela diferença no sistema imunológico masculino e feminino. "As mulheres têm respostas imunes inatas e adaptativas mais rápidas e robustas, que podem protegê-las da infeção inicial e de sintomas graves. No entanto, essa mesma diferença pode torná-las mais vulneráveis a doenças autoimunes prolongadas", lê-se no artigo.