Há 22 anos, nascia Rita, uma menina que nasceu com paralisia cerebral. Apesar do problema de saúde com o qual vive e convive diariamente, Rita tenta ultrapassar os obstáculos e é feliz à sua maneira.


Conta com o apoio incondicional e os incentivos dos pais, que se esforçam para mostrar que nada é impossível e que a determinação da Rita vai ajudá-la.


Numa conversa com Diana Chaves e João Baião, na "Casa Feliz", em fevereiro deste ano, o pai de Rita, o jornalista Mário Augusto, confidenciou que a sua filha, "desde que nasceu ou desde que lhe foi diagnosticada a paralisia cerebral, tudo são conquistas".


A par das conquistas e da superação diária, Rita precisa de uma nova cadeira de rodas para se deslocar, diariamente. E foi sobre essa necessidade que o jornalista fez um longo texto, no Facebook, no qual critica a falta de resposta sobre a entrega do aparelho para a filha.


Na publicação, Mário Augusto começou por elogiar e destacar a força e a resiliência da sua filha e da sua mulher que, na sua opinião, "são cúmplices como irmãs de idades soltas".


Utilizou uma fotografia das suas duas mulheres para escrever que nelas vê a "vontade constante parada por um clique, uns sorrisos de instantâneo sem pose e genuínos quando às vezes sabe Deus o que custa querer vencer a maratona, lutar sem se deixar cair, sentir revolta pelo estigma do mundo egoísta e sem valores".


E foi, de seguida, que o jornalista lançou críticas à segurança social de Aveiro, que "nem pio, nem um postalinho ou mensagem que lhes denuncia a falta de respeito, a vergonha por não terem cumprido até agora o que prometeram".


O jornalista denunciou que, "em junho, disseram (ano e meio depois da prescrição) que a cadeira da Rita, depois de umas quantas peripécias, estava já cabimentada", mas, "apesar da lei ser muito clara nos prazos de resposta, nem aluindo por aqui a incompetência ou insensibilidade de quem coordena estes organismos, nada", referindo-se à falta de resposta no que toca ao envio da cadeira de rodas.


O pai de Rita destacou ainda "as orelhas moucas de quem lidera (neste caso a segurança social de Aveiro) [que] não lhes dá sequer um sentimento de vergonha por não cumprirem nem prazos, nem direito a respostas ou justificações por não satisfazerem a lei de informar sobre o estado das coisas."


E terminou o seu desabafo dizendo que pensa "muitas vezes, naqueles que sofrem sem conhecer os direitos, são ignorados pelos serviços e burocracias e quando levantam o dedo há sempre alguém a fazer tiro ao alvo de um dedo de indignação e revolta".




(Imagens: Instagram)