Assim que se atinge a maioridade - os esperados 18 anos -, abre-se um novo mundo de permissões que, até então, estavam vedadas.


A partir dos 18 anos, pode tirar-se a carta de condução, viajar sem autorização dos pais/encarregados de educação e até mesmo comprar tabaco, entre várias outras permissões.


Só que, na Nova Zelândia, a compra de tabaco vai ter limitações para os jovens que nasceram depois de 2009.


O país aprovou, esta terça-feira, no Parlamento, uma medida que proíbe a venda de tabaco a qualquer pessoa nascida após o dia 1 de janeiro de 2009 e durante toda a sua vida. Quer isto dizer que, mesmo quando estes jovens completarem 18 anos, não vão poder comprar tabaco.



Esta "medida faz parte de um novo conjunto de leis antitabagismo" da Nova Zelândia, que vai colocar em prática "um dos mais rígidos pacotes legislativos do mundo", tal como escreveu o Público.


Neste pacote, está também previsto o valor das multas para quem fumar sem autorização, que pode ir até aos 150 mil dólares neozelandeses, ou seja, 91 mil euros.


A par da medida, que proíbe os jovens nascidos a partir de 2009 de comprar tabaco, existe uma outra que é reduzir a quantidade de nicotina nos produtos de tabaco fumado e ainda reduzir o número de lojas e comerciantes que vendem tabaco em 90%. Isto quer dizer que, até ao final de 2023, os comerciantes autorizados a vender tabaco passarão de 6 mil para 600.


A ministra-adjunta da Saúde, Ayesha Verrall, em comunicado, citada pelo Público, afirmou que "milhares de pessoas vão viver mais tempo, ter uma vida mais saudável e o sistema de saúde ficará com mais 5 mil milhões de dólares (4,7 mil milhões de euros) se não precisar de tratar [pessoas com] doenças causadas pelo fumo, tais como vários tipos de cancro, ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais [AVC], amputações".


Para o governo da Nova Zelândia, estas medidas são um passo em frente para que, em 2025, este seja um país "livre de fumo".


No entanto, o ACT Nova Zelândia, partido de direita que tem representação no parlamento neozelandês, votou contra ao pacote de medidas antitabagismo e alegou que este "iria matar pequenas lojas e forçar as pessoas a entrar no mercado negro", de acordo com o Público.