Foi aprovada, esta terça-feira, por unanimidade, um projeto de lei que proíbe o consumo de carne de cão na Coreia do Sul. Este é um passo revolucionário e emocionante, sobretudo para os amantes de cães e defensores dos direitos dos animais.

Agora, o próximo passo é a proposta ser aprovada pelo Conselho de Ministros e ratificada pelo Presidente, Yoon Suk Yeol, para se tornar lei, o que já está dado como garantido, uma vez que o Governo apoia a abolição.

Numa reviravolta surpreendente, Yu Eui-dong, o chefe político do Partido do Poder Popular, anunciou a intenção de apresentar um projeto de lei para pôr fim a esta controversa tradição. "É hora de acabar com os conflitos sociais e as controvérsias em torno do consumo de carne de cão através da promulgação de uma lei especial para acabar com isso", declarou, numa reunião com autoridades do governo e ativistas dos direitos dos animais, citado pela Reuters, em novembro do ano passado.



Para iniciar esta mudança, o ministro da Agricultura, Chung Hwang-keun, anunciou, na altura, que o governo estava totalmente comprometido em dar apoio máximo àqueles que estão na indústria da carne de cão. Esta nova medida terá um período de carência de três anos e apoio financeiro para as empresas saírem do comércio.

Esta mudança não é apenas um sinal da compaixão crescente pelos animais, mas sim uma prova da crescente oposição ao consumo de carne de cão dentro do próprio país. As gerações mais jovens estão a rejeitar esta tradição e a indústria de animais de estimação está a florescer cada vez mais, na Coreia do Sul.

Embora tenham existido tentativas anteriores que acabaram por fracassar, este novo esforço ganhou. A tradição de comer carne de cão, na Coreia do Sul, começou na península coreana e é uma forma da população fazer frente ao calor do verão. Apesar de ser uma prática cada vez menos comum, ainda há quem consuma, sobretudo pessoas mais velhas.