Gena Rowlands deixou um legado inestimável no cinema. Foram 94 anos de uma vida cheia, com muitos filmes e prémios. Faleceu, esta quarta-feira, após lutar contra o Alzheimer durante cinco anos.


Musa e parceira criativa do marido, o lendário realizador John Cassavetes, Rowlands trouxe à vida personagens complexas e emocionantes em filmes que se tornaram ícones do cinema independente. Em "Uma Mulher sob Influência" (1974) e "Glória" (1980), a sua interpretação foi tão autêntica e visceral que lhe rendeu duas merecidas indicações ao Oscar de Melhor Atriz, imortalizando-a como uma das grandes intérpretes da sua geração.



A versatilidade de Rowlands era inigualável. Ela navegava com maestria entre diferentes géneros e estilos, desde os dramas mais densos, como "A Outra" (1988) de Woody Allen, até filmes para a televisão, onde conquistou três Emmys, incluindo por "Hysterical Blindness" (2022).


Mas foi em "O Diário da Nossa Paixão" (2004), sob a realização do seu filho, Nick Cassavetes, que Rowlands conquistou o coração de uma nova geração de cinéfilos. A sua interpretação carregava o peso e a sabedoria de uma vida inteira, tornando-se um símbolo de amor eterno e resistência.