Se gostas de séries "true crime", então temos uma nova sugestão para ti. Atenção que a seguinte história é, como seria de esperar, como qualquer true crime, forte e pode ferir as susceptibilidades dos mais sensíveis.
Desde que estreou, a 19 de setembro, o segundo volume da série antológica "Monsters", criada por Ryan Murphy e Ian Brennan, que não se fala noutra coisa. Inspirada no chocante caso real dos irmãos Menendez, condenados em 1996 pelo assassinato dos pais, José e Kitty Menendez, a produção já levantou discussões intensas sobre os limites da representação e da verdade em adaptações televisivas.
O sucesso trouxe alguma polémica. A série, que conta com a interpretação de Javier Bardem e Chloë Sevigny, explora os eventos que culminaram no brutal duplo homicídio, oferecendo um olhar sobre o que aconteceu na complicada família Menendez.
Em torno do debate surge a questão se os irmãos foram motivados pela herança da família ou se agiram em legítima defesa após anos de abuso físico, emocional e sexual. No entanto, o que realmente está a chamar a atenção é a forma como Erik Menendez, um dos protagonistas da história, reagiu à série. Ele descreveu-a, num comunicado partilhado no X, pela mulher dele, como um "retrato desonesto" e criticou a forma como ele e o irmão foram retratados ao longo dos dez episódios.
Erik afirma que a série distorceu a verdade dos factos e que se baseia em "mentiras horríveis e descaradas".
Ao longo dos episódios, "Monsters: The Lyle and Erik Menendez Story" aprofunda-se na vida da família Menendez, desvendando os conflitos, tensões e traumas que precederam os homicídios, bem como os julgamentos que chocaram o mundo na década de 1990. A série mergulha nos detalhes do julgamento, onde a acusação descreveu os irmãos como assassinos frios e motivados por ganância, enquanto a defesa insistiu que foram vítimas de uma infância marcada por traumas inimagináveis.
Apesar do sucesso da série, muitos questionam até que ponto a produção é fiel à realidade. Com os irmãos a cumprir penas de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional, a história de Lyle e Erik continua a dividir opiniões.