No coração histórico de Évora, um muro do século XVIII foi demolido sem autorização do Instituto Público do Património Cultural (IPPC), o que gerou uma grande polémica. A Câmara de Évora procedeu à demolição por risco de derrocada, mas afinal tratava-se de um muro com 300 anos.


O incidente ocorreu no início de novembro e, segundo a Câmara Municipal, citada pela agência Lusa, tratou-se de uma "falha" de comunicação. Carlos Pinto de Sá, presidente da autarquia, reconheceu o erro: "Houve, de facto, uma falha dos serviços do município e, naturalmente, enquanto presidente da câmara, assumo essa situação". O responsável garantiu que já foram tomadas medidas para esclarecer o caso junto do IPPC e prometeu trabalhar em qualquer necessidade de reposição ou reparação com o proprietário, uma unidade hoteleira da Travessa da Palmeira.


O muro, embora pertencente ao século XVIII, foi avaliado por especialistas como desprovido de elementos históricos ou patrimoniais relevantes. No entanto, a sua demolição gerou um aceso debate nas redes sociais, expondo diferentes perspetivas. Enquanto uns criticaram o processo irregular, outros consideraram a reação exagerada. Comentários como "era um perigo para todos, ninguém quis saber até ser demolido" ou "um muro sem interesse, mas bastou ser derrubado para se tornar motivo de controvérsia" mostram o tom das discussões.


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