A tua boia de piscina é um unicórnio? Tens umas pantufas com unicórnios? E um pijama com capuz de unicórnio? De onde vem este teu gosto?

Por que razão é que um cavalo branco, com um grande corno na testa, em espiral, atrai tanta gente ao ponto de haver unicórnios em todo o lado?

Porque é uma figura do mundo da fantasia, porque é uma figura única, porque é bonito, diferente, peculiar, extravagante?

A fantasia agrada-nos e o unicórnio tem esta especificidade de ser algo de raro e único, ainda que no mundo mágico da mitologia, dos contos e da ficção. E, ainda para mais, no dia que o celebra, assinalado a 9 de abril, não podíamos deixar de falar nele.



Vamos lá saber de onde vem, afinal, o unicórnio!

O unicórnio é um “ser” mitológico, cuja origem se perde no tempo. Diz a mitologia que o selvagem unicórnio só se deixava domar por donzelas puras. Portanto, de alguma forma, o unicórnio aparece, no campo da mitologia, normalmente ligado à questão da virgindade feminina. O unicórnio surge também na narrativa de vida de Confúcio. É igualmente comum encontrá-lo em emblemas, brasões e na heráldica do Reino Unido, do Canadá e de alguns outros países.


Na literatura fantástica, os unicórnios são personagens recorrentes e nos famosos livros da coleção Harry Potter, de J. K. Rowling, sabemos que Voldemort se mantém vivo à custa do sangue do unicórnio.



Diz ainda a mitologia que os unicórnios se alimentam das nuvens que aparecem ao amanhecer e também daquelas do final do dia.


Algumas outras explicações mitológicas avançam ainda que os unicórnios são capazes de transformar coisas impuras e estragadas em substâncias puras, brilhantes e com vida.

Se sairmos da esfera mitológica e mergulharmos na, digamos, mais científica, descobrimos algumas informações interessantes sobre os unicórnios!


Parece que em 1663, junto a uma caverna, na Alemanha, foi descoberta uma ossada cuja caveira tinha um único corno, ao meio, ligado ao crânio. Sucede que, cerca de 100 anos depois deste achado, novo esqueleto foi encontrado perto do primeiro. As ossadas foram ambas analisadas por um sábio de então, chamado Gottfried Leibniz.


Era considerado um grande cientista, no longínquo século 17, e após investigação aturada dos esqueletos daqueles dois animais - com um único corno ligado ao crânio - Gottfried assumiu acreditar na existência de unicórnios.



Certo é que chegou aos nossos dias um animal com um único corno, bicudo e em espiral, no meio da testa que se chama narval, também conhecido como o “unicórnio do mar”.


É um mamífero, da família dos cetáceos, que vive em águas muito frias. O narval tem esta enorme parecença com os unicórnios: um único corno em espiral, no meio da testa, ligado ao crânio. Terá evoluído o unicórnio, segundo a teoria da evolução das espécies, para o narval? Esta questão vamos deixar para os cientistas!


Parece que o fascínio pelos unicórnios sempre foi tal, ao longo dos tempos, que, em plena Idade Média, circulavam pela Europa cornos de narvais para provar, aos “céticos”, que havia unicórnios no Mundo.



O caráter único e raro do unicórnio fez com que a expressão e o conceito se transferissem para o mundo empresarial. E, por isso, há empresas que atingem o estatuto de unicórnio. “Empresas unicórnio” são aquelas que, na definição financeira, sendo novas ou “startups” têm um enorme potencial de crescimento em pouco tempo. Portanto, no mundo empresarial, é aquela raridade de negócio que, ainda que pequeno, se torna atrativo para quem investe.