Já com mais de 70 anos de carreira, o mestre do azulejo, pintura e escultura afirmava: " Não tenho medo da morte", "Vivo o dia de hoje”, “O meu prazer é trabalhar” .
Além de ter sido um dos grandes nomes da arte portuguesa, Manuel Cargaleiro foi muito admirado em França e homenageado em Itália onde tem um museu dedicado à sua obra.
Para Manuel Cargaleiro "Todas as cores são muito bonitas – é preciso é saber qual é que vamos pôr ao lado".
A sua obra dispersou-se pela cerâmica, pintura, gravura, guache, tapeçaria e desenho.
São da autoria de Manuel Cargaleiro, por exemplo, os painéis cerâmicos do Jardim Municipal de Almada, fachada da Igreja de Moscavide (1956),a fachada do Instituto Franco-Português de Lisboa (1983), o painel para a escola com o seu nome no Seixal (1998).
Encontras ainda obras de Cargaleiro em Paris - na estação do Metro de Champs Elysées-Clémenceau (1995), na estação de serviço de Óbidos na auto-estrada do Atlântico (2000), na fonte no Parque da Cidade de Castelo Branco (2004 )e na Estação Colégio Militar/Luz do Metropolitano de Lisboa. Mas há um painel especialmente bonito de Cargaleiro pelo qual, na RFM, passamos todos os dias – a obra que este este grande ceramista criou, em 1997, especialmente ... para nós!
Podes encontrá-lo no hall que dá entrada para o auditório da RFM, na Quinta do Bom Pastor.
Em janeiro de 2018, em entrevista às jornalistas Maria João Costa e Joana Bourgard, Cargaleiro contou como se inspirou para criar este painel:
“No fundo (a rádio) são pequenas e grandes estrelas, todos aqueles que passam por lá e que andam lá a trabalhar! Então eu vou fazer uma coisa com muitas estrelas e fiz aquilo, mas queria fazer as estrelas de uma maneira livre”