Usamo-la todos os dias e nem damos conta. É a coisa mais natural do mundo: abrimos a boca e usamos a voz para falar, sussurrar, rir, chorar, cantarolar, chamar e gritar. E tudo isto é possível porque temos cordas vocais que vibram ao expulsarmos ar dos pulmões, produzindo som. Ora as cordas vocais alongam-se ou permanecem na posição de descanso de acordo com a intensidade que lhes damos.
Se, de repente e sem qualquer tipo de aquecimento, gritamos, as cordas vocais entram em grande tensão, sem estarem para isso “preparadas”. Bem sabemos, em um ou outro momento em que gritamos, como nos ficou a arder a garganta, certo? Lá está, “puxámos” pelas cordas vocais sem as mesmas estarem “preparadas” antes, ou seja, devidamente aquecidas.
Os profissionais de rádio e de televisão, speakers, cantores, oradores, e todas as profissões (os professores deviam fazê-lo também) nas quais a voz é usada, durante muito tempo seguido e de forma intensa e ativa, devem tomar os devidos cuidados com as cordas vocais.
Gritar golo, durante um jogo de futebol; falar alto, dentro de uma discoteca; ralhar aos gritos, com os filhos; elevar o tom de voz, numa reunião de trabalho; gritar de alegria, aquando de uma boa notícia; cantar alto e bom som, no duche; discursar durante muito tempo, num comício; chamar alguém, que está a vários metros de distância; falar aos gritos ao telemóvel, porque do outro lado ninguém ouve, entre várias e muitas outras situações, são de evitar. Ou então, as cordas vocais estão aquecidas e preparadas, coisa rara assim de um momento para o outro, quando uma destas situações de “grito” surge.