Apertar as mãos, ou dar um "passou-bem", é uma das saudações mais comuns. Mas já alguma vez paraste para pensar por que razão fazemos isto? Terá o aperto de mão os dias contados?


Antes da pandemia, este gesto era uma saudação universal, que nos ligava às pessoas e transmitia confiança. Depois veio o coronavírus e interditou este e outros cumprimentos sociais, substituindo-os por toques de cotovelos, por exemplo, ou um simples olá à distância.



Se esta interdição continuar por longos períodos de tempo, mudará inevitavelmente o comportamento humano. A sociedade está em permanente evolução e, com ela, mudam alguns hábitos sociais. Mas antes de refletirmos sobre o futuro do aperto de mão, foquemo-nos na origem deste gesto.



Ao longo da história, esta saudação foi utilizada para assinalar uma amizade, para finalizar uma transação comercial, ou para indicar uma devoção religiosa.


A teoria mais conhecida sobre a origem do aperto de mão diz-nos que este começou como um gesto de paz.

O toque das mãos mostrava que as pessoas não tinham armas e o sacudir das mãos era uma forma de provar que a outra pessoa não trazia nada escondido nas mangas.

Na Roma antiga, o aperto de mão era frequentemente usado como símbolo de amizade e lealdade.

Embora o aperto de mão tenha vários significados na Antiguidade, o seu uso como uma saudação quotidiana é um fenómeno mais recente. Alguns historiadores acreditam que este gesto foi popularizado pelos quacres do século XVII, que viam um simples aperto de mão como uma forma mais democrática de cumprimentar, em vez de outros gestos como tirar o chapéu ou fazer uma vénia perante os outros.


A saudação tornou-se comum e, nos anos 1800, os manuais de etiqueta geralmente incluíam diretrizes para a técnica adequada de aperto de mão.


A partir daí, o aperto de mão começou a substituir os antigos gestos de saudação. Durante a era vitoriana (1837-1901), em Inglaterra, existiam regras para dar um aperto de mão: firme, mas não forte, e sem tremores violentos, que eram considerados ofensivos.



Apesar de não ser uma norma em todas as culturas, o aperto de mão permanece atualmente como uma forma de saudação que reflete boas intenções em contexto social.