A conta é simples e conhecida por muitos: basta multiplicar por sete para conhecer a verdadeira idade dos cães. Mas, e se, afinal, esta fórmula não corresponder à realidade?
Aquilo que indica um novo estudo da Universidade de San Diego, publicado na revista Cell Systems, é que um cão com um ano tem, na verdade, 30 em idade humana. Surpreendente? É mesmo!
Isto é explicado por vários cientistas através de mudanças no funcionamento de genes dos cães que não são causadas por alterações de DNA. Isto é, o estudo baseou-se em analisar moléculas que se acumulam em certas áreas do genoma humano e comparou-as com o genoma canino.
Depois de várias pesquisas e análises, chegou-se à conclusão que dentro do grupo analisado de 100 labradores, que tinham pequenas crias e outros já mais crescidos, cada ano canino não corresponde aos sete anos humanos.
Ao comparar as moléculas que estão presentes nos genomas humanos e caninos, os cientistas chegaram ainda a uma outra conclusão.
Ao que parece, o envelhecimento dos cães acontece muito mais rapidamente do que o dos humanos porque acumulam as tais moléculas nos respetivos genomas a uma velocidade mais acelerada, até a uma certa idade.
Com o passar do tempo, o estudo indica que essa velocidade diminui, em comparação com os humanos. É por isso que alguns cientistas conseguem afirmar que um cão com quatro anos terá em idade humana cerca de 54 anos e com 14 anos terá 70, numa altura em que a taxa de envelhecimento já não é tão acelerada como nos primeiros anos de vida destes fiéis companheiros.
O próximo passo é analisar outras raças de cães para se perceber se este padrão que foi descoberto também se aplica a outras.