Há muito que se fala sobre a crescente poluição dos mares e oceanos através do plástico e de tantos outros objetos que são deixados na areia e que significam uma ameaça para todos os seres vivos que lá habitam. Com a pandemia de Covid-19, a situação agravou-se com o descarte das máscaras de proteção individual que, agora, são outra das principais ameaças à vida selvagem.
Consciente deste crescente e grave problema, Porto Santo quer tornar-se na primeira ilha portuguesa sem lixo marinho. Este é um projeto pioneiro em Portugal, que tem a sua primeira iniciativa já hoje, dia 19 de setembro, a data em que se assinala o Dia Internacional da Limpeza Costeira.
Com o objetivo de combater o uso de plástico na ilha, este projeto de limpeza intitulado “Porto Santo sem Lixo Marinho” inclui, entre várias outras iniciativas, uma ação de limpeza em zonas costeiras, tal como a RFM fez, esta semana, em conjunto com o The Trash Traveler na praia do Meco.
Mas, o projeto não se fica por aqui! A luta contra o plástico na conhecida ilha dourada vai acontecer durante três frases.
“Na primeira, vai ser feita uma avaliação do fluxo e descarga dos resíduos e lixo marinho da ilha para, numa segunda fase, os agentes poderem proceder a uma otimização da gestão desses resíduos. Na terceira e última etapa do projeto, vai ser feita uma campanha de comunicação e sensibilização que tem como objetivo reduzir radicalmente o consumo de descartáveis e, assim, os plásticos que acabam no mar” lê-se no Jornal da Madeira.
O “Porto Santo sem Lixo Marinho” conta com um cofinanciamento atribuído pelo Programa Ambiente dos EEAGrants, mas é liderada pela Associação Natureza Portugal, em parceria com a World Wide Fund for Nature (WWF), e vários parceiros institucionais, incluindo a autarquia local.
“Para nós, ANP|WWF, este é um projeto muito importante, pois é o nosso primeiro fora do território continental, e que vemos como pioneiro no nosso país pela relevância para a comunidade local, para quem visita a ilha, para a vida e saúde humana e para a Natureza” disse Ângela Morgado, diretora executiva da WWF.
A quantidade de lixo, que se acumula nas praias e no mar, tem de ser rapidamente combatida e são projetos pioneiros como este que podem travar este problema mundial.
A verdade é que todas as ajudas contam e fazem a diferença!