"Mignonnes: primeiros passos" está já na Netflix, em Portugal, e está a dar bastante que falar nas redes sociais, em todo o mundo.
O filme conta a história de Amy, uma pré-adolescente de 11 anos, vinda do Senegal para França. Neste país, junta-se a um grupo de outras raparigas que se preparam para um torneio de dança. Só que as coreografias que escolhem são inspiradas por tudo aquilo que veem e a que estão expostas nas redes sociais. Desta forma, fazem coreografias bastante arrojadas tendo em conta, neste caso, a idade que têm. Ao mesmo tempo Amy entra em conflito com as tradições rigorosas da sua família senegalesa.
Por outro lado, a realizadora franco-senegalesa Maïmouna Doucouré, e assim que estalou toda a polémica, veio dizer que o seu objetivo era iniciar este debate, mas não da forma com que está a surgir.
A realizadora de "Mignonnes: primeiros passos" acrescentou ainda, entre outras declarações e vários pontos de vista, em entrevista ao Washington Post, que “nós, como adultos, não demos às crianças as ferramentas para crescerem saudáveis na nossa sociedade.”
"Mignonnes: primeiros passos" estreou no Festival de Cinema de Sundance, onde ganhou o prémio de melhor realização na categoria de cinemas do mundo. Mignonnes teve ainda um menção do júri internacional do Festival de Berlim.
A polémica está aí.
O filme "Mignonnes: primeiros passos" abriu a porta ao debate sobre o importante tema da sexualização de pré-adolescentes, cujas vidas são influenciadas pela pressão da "importância" da aparência física potenciada pelas redes sociais onde assistem, entre vários outros exemplos, aos comportamentos e à subjugação à beleza dos seus ídolos musicais e influencers.