Porque é que nascem cada vez menos bebés, em Portugal?

Os números não mentem. Nunca se nasceu tão pouco, no nosso país, como atualmente. E porquê? O que é que está a contribuir para que nasçam cada vez menos bebés, em Portugal? É verdade que a chegada de um bebé a uma família faz multiplicar o amor, o carinho, a atenção e a preocupação que os pais lhe têm, mas também pode abalar o orçamento da família e limitar alguns planos e sonhos.

No ano passado, os números dizem-nos que foram registados menos de 6 mil "testes do pezinho" do que em 2020, de acordo com o jornal "Expresso". Quer isto dizer que 2021 foi o ano, até ao momento, com menos bebés desde que se contabilizam os nascimentos.

Se andarmos para trás no tempo, os registos demonstram que, no início dos anos sessenta, nasciam cerca de 200 mil nascimentos por ano, no nosso país. Esse número caiu para mais de metade e, atualmente, é inferior a 90 mil.

Muitos pensam que os portugueses têm cada vez menos filhos devido à instabilidade social, ao desemprego ou à emigração, mas há mais razões para além destas. Quem as enumerou foi o site "Nascer em Portugal", que se baseou num inquérito à fecundidade, realizado em parceria entre o Instituto Nacional de Estatística e a Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Agora, sim, vamos lá saber... Porque é que nascem cada vez menos bebés, em Portugal?

• As mulheres estão mais focadas nas suas carreiras profissionais e, por isso, são mães mais tarde, o que faz com que se aproximem do seu "limite biológico de fertilidade" e, por conseguinte, diminuem "a probabilidade de terem muitos filhos";

• Os estudos e a formação académica e profissional prolongam-se e, por isso, "a transição para a vida adulta acontece mais tarde";

• Os casais pensam, numa primeira fase da vida adulta, em viajar, em alugar ou comprar uma casa, em terem experiências diferentes e só depois pensam em ter filhos;