Tipo crónica com Duarte Pita Negrão: X-MEN 97 - O super poder da nostalgia
O Duarte tem opiniões. Fundamentadas? Ahah Não. Sérias? Hmmm também não. Valem a pena? Errr… boa pergunta!
Então não é que o Castelo Branco contou tudo sobre a vida íntima dele com a Betty? Acham que eu ia deixar passar isto sem comentar?
É bom que achem… porque eu preferia queimar os olhos a ler essa notícia.
Por isso vamos falar de outra coisa…
Vamos falar sobre o poder da nostalgia…
“Ohh mas nós queríamos ouvir falar do primeiro assunto”
Azar. Eu não quero escrever sobre o primeiro assunto. Eu quero escrever sobre nostalgia, Por isso aqui vai:
Lembram-se do sentimento de ir a correr para casa ver um desenho animado que adorávamos? Saíamos da escola, numa corrida contra o tempo, na esperança de que, quando finalmente chegássemos a casa e ligássemos a televisão, ainda estivesse a dar…
Por vezes ainda apanhávamos o genérico inicial, e esses dias eram mágicos…
Às vezes apanhávamos o final e isso era equivalente a descobrirmos que o jantar era pudim de peixe. (ou seja blheck)
Para mim, os primeiros desenhos animados que me fizeram mesmo correr para casa foram os “X-Men” (era um desenho animado sobre super-heróis mutantes com poderes que dava na SIC. E era incrível).
Os desenhos animados dos X-Men foram a razão pela qual eu aprendi a programar o vídeo (para deixar a gravar e ver quando chegasse a casa).
Não é como estes meninos de “hoje em dia” que podem só pôr para trás.
A minha vida, sim, era dura… porque eu tinha de carregar em mais botões!
Naturalmente, estou a brincar… contudo, havia mais alguns passos na altura.
Tínhamos de ter uma cassete de vídeo livre, para podermos gravar, ou então gravar por cima de alguma coisa… e às vezes a cassete acabava antes do fim do episódio e ficávamos sem saber como era o final…
Até hoje não sei como acaba o Titanic… quando a minha gravação acabou eles tinham visto um iceberg a aproximar-se, mas acho que ia ficar tudo bem…
Acredito que o Leonardo DiCaprio e a Kate Winslet ficaram juntos no final.
Ou no “Marley e Eu”? Imagino que tenham inventado uma maneira do cão viver para sempre e o filme tenha um final feliz. Não me digam se não for assim, acho que prefiro a minha versão.
Havia uma situação, que não sei se era exclusiva da minha família, na minha casa. A maioria das nossas cassetes de vídeo não tinha rótulo. Então, se eu quisesse encontrar alguma coisa, era um “BOA SORTE”… tinha que estar ali horas à procura.
A verdade é que a sensação nostálgica de ir a correr para casa ver bonecos é uma coisa que eu achava que tinha ficada perdida na infância… e, afinal, talvez não.
Aconteceu uma coisa curiosa. Alguém decidiu continuar os desenhos animados dos X-Men que eu tanto adorava. Fizeram uns novos… ainda em desenho animado, continuando a história dos originais, um pouco mais à frente, e sim, recriados para serem sérios e para adultos.
Chama-se X-Men 97’ e tem qualidade.
Há quem diga que é apenas um artificio mercantilista para se aproveitar da minha nostalgia (e da nostalgia das pessoas como eu). Procura alimentar-se das minhas memórias felizes e capitalizar numa sensação que já não existe…
Uma jogada de mercado para me conquistar, porque eu agora sou o alvo.
E é de certeza! Mas eu quero lá saber!
Zarkt Zarkt! RAIOS DOS OLHOS!!
Sknit sknit GARRAS do Wolverine!
Eu fiquei só contente de ver os meus amigos de infância ali (os X-Men), tratados com o amor e o carinho que merecem.
E mesmo que seja um produto que vive da nostalgia… o que é que interessa?
Pela primeira vez em muito tempo, dei por mim a querer ir a correr para casa ver desenhos animados… e isso não é bonito?