Proibição de encontros em família na Argentina causa polémica

ARGENTINA DECIDIU PROIBIR OS ENCONTROS FAMILIARES EM CASA PARA CONTROLAR OS SURTOS QUE POSSAM SURGIR

Madalena Costa
Madalena Costa


A pandemia e o confinamento levaram vários países a adotar medidas de prevenção. Com o desconfinamento, houve várias cidades que passaram a aplicar regras específicas consoante o número de casos de Covid-19.


É o caso da Argentina, que decretou a proibição de encontros familiares em casa mesmo que nenhum dos habitantes esteja infetado. A medida imposta proíbe mesmo “eventos sociais ou familiares em espaços fechados e nos domicílios das pessoas em qualquer caso e com qualquer quantidade de participantes, exceto o grupo que coabita.”


A razão passa por restringir as reuniões familiares para controlar os surtos que possam advir daí.


"Restringiremos as reuniões sociais em todo o território nacional para que, onde houver surtos, possam ser controlados e onde não existam, possamos minimizar a possibilidade de tê-los” explicou Carla Vizzotti, a secretária do Ministério da Saúde da Argentina.


As críticas rapidamente cresceram entre os habitantes e entre as várias cidades do país, que não aceitam a proibição. Muitos juristas asseguram que esta medida é inconstitucional.



A província de Corrientes é uma das cidades argentinas que está contra a proibição e já fez saber que não vai acatar o decreto presidencial.


“Nós aqui estamos bem, numa situação sanitária boa, sem circulação comunitária do vírus. Não há razões para suspender os encontros sociais e familiares" declarou o secretário-geral do governo provincial, Carlos Vignolo.


A proibição entrou em vigor esta segunda-feira, dia 3 de agosto, e mantém-se até 16 de agosto, em todo o território.


Os familiares que decidirem reunir-se podem ser punidos com uma pena que vai até dois anos de prisão.




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