É uma técnica revolucionária, um avanço tremendo na medicina e uma grande diferença na vida destes três homens, entre os 29 e os 41 anos, que se viram condicionados a uma cadeira de rodas, depois de um acidente de mota. Três paraplégicos voltaram a andar depois de uma cirurgia à medula espinhal, em que receberam implantes eletrónicos. Isso mesmo que acabaste de ler. Não se trata de nenhum argumento de um filme de ficção científica. Esta história, felizmente, é real e aconteceu mesmo.


“Um dia depois comecei a praticar e vi que as minhas pernas estavam a mexer-se novamente. Foi muita emoção”, contou Michel Rocatti, um dos pacientes, ao jornal El País.

Este feito foi conseguido graças aos neurocientistas Grégoire Courtine e Jocelyne Bloch, do Instituto Federal Suíço de Tecnologiada, em Lausanne (Suíça), que aperfeiçoaram uma técnica que permite que pessoas com lesões na medula espinhal recuperem o movimento.


Durante quatro horas, foram introduzidos elétrodos que emitem pulsos elétricos ao longo da medula espinhal, que liga o cérebro aos membros inferiores. Por sua vez, os elétrodos são conectados a um computador, através de um sistema de inteligência artificial, que reproduz os impulsos necessários para caminhar ou andar de bicicleta, por exemplo.



Cinco meses depois da cirurgia, Michel Rocatti conseguiu sair de casa, andar na rua e ir a um bar. Uma experiência e sensação que achava que nunca mais iria sentir. E mais importante do que deixar estar condicionado a uma cadeira de rodas, este paciente livrou-se das dores.


Graças a esta técnica revolucionária, as lesões na medula espinhal estão a começar a ser encaradas como reversíveis.