Acordar com dores fortes na zona do útero, dores de cabeça fortes, náuseas ou vómitos é uma realidade para muitas mulheres. A história repete-se todos os meses e por ser algo tão recorrente é, por vezes, muito desvalorizado na sociedade. Quantas vezes já faltaste à escola ou ao trabalho por dores menstruais fortes?


Há casos em que nem os comprimidos ajudam a aliviar a dor. Por vezes, a única forma para conviver com o desconforto é estar deitada, ou em posição fetal, ou com um saco de água quente na zona pélvica, ou, em casos extremos, abraçadas à sanita a vomitar. Mas, por não ser uma dor de todos, muitas das mulheres têm de arranjar forças para prosseguir com o dia a dia. Em Espanha, as mulheres já não têm que se sentir culpadas por faltarem ao trabalho devido a dores menstruais fortes.


Espanha torna-se, assim, no primeiro país europeu a legalizar a baixa laboral por dores menstruais. Fez-se história na Europa e a esperança é que outros países, por exemplo Portugal, se deixem influenciar.



As mulheres vão poder faltar até três dias por mês ao trabalho. Segundo a imprensa espanhola, citada pelo site Expansión, há a possibilidade de estender para mais dois dias, em caso de sintomas agudos, mas com atestado médico.


Fontes governamentais indicaram que esta baixa será assumida pela Segurança Social desde o primeiro dia, pelo que não acarretará qualquer custo para as empresas. No entanto, os que defenderam esta iniciativa frisaram que esta medida abrange apenas os casos de sintomas graves como diarreia, dores de cabeça e febre - sintomas que gerariam licenças médicas se fossem causadas por uma doença.
Países como o Japão, Coreia do Sul e Taiwan, as mulheres já têm oportunidade de tirar dias em caso de dores menstruais fortes.