Este domingo ficou marcado pelo início daquele que é dos Mundiais mais polémicos de sempre. Para surpresa de todos, e desilusão de alguns, Morgan Freeman surgiu em palco onde discursou sobre inclusão, diversidade e união. Ao seu lado, estava Ghanim Al Muftah, um youtuber qatari, de 20 anos, que sofre de síndrome de Regressão Caudal, o que faz com que não tenha a parte inferior do corpo.


"Sou bem-vindo?", perguntou Al Muftah, enquanto entrava em palco durante a abertura. "Todos são bem-vindos. Este é um convite para todo o mundo", respondeu Morgan Freeman, dando início a uma mensagem de tolerância.


A presença de Ghanim Al Muftah não foi indiferente a muitas pessoas e a curiosidade sobre a história de vida deste jovem foi geral.



Ghanim Al Muftah nasceu em 2002, em Doha, e tem um irmão gémeo - que ao contrário dele não sofre de nenhuma síndrome. Quando nasceram, os médicos deram poucos anos de vida a Al Muftah. Com o passar dos anos, o jovem foi superando as expetativas dos médicos e, hoje, aos 20 anos, mostra, sobretudo, que a sua condição física não o impede de fazer nada na vida. Por exemplo, pratica natação, mergulho, futebol, escalada e skate e um dia quer tornar-se num atleta paralímpico.


Para já, pode vangloriar-se de ter escalado a montanha mais alta da região do Golfo, a Jebel Shams, e pretende escalar, num futuro próximo, o Monte Evereste, segundo disse numa entrevista no site Takreem.

À parte disto, tem ainda um canal de YouTube com mais de 800 mil subscritores, uma conta de Instagram com mais de um milhão de seguidores e tem uma marca de gelados, a Gharissa Ice Cream, com seis subsidiárias e 60 funcionários. Está a tirar também a licenciatura de Ciência Política e quer ser primeiro-ministro do Catar.


(Imagens: Reprodução RTP)