Ser ativista implica não usar roupa gira? É o que pergunta a ativista Sophia Kianni, após ter sido alvo de críticas, por altura da sua intervenção na Cimeira do Clima.

Entre os vários ativistas, Sophia Kianni destaca-se por ser a a conselheira climática mais jovem da ONU. Recentemente foi criticada, não pelo que disse, mas pela maneira como se vestiu.

Sophia Kianni é uma estudante de Ciência Climática e Política de Saúde em Stanford. Em 2020, tornou-se na conselheira climática mais jovem de sempre nas Nações Unidas, avança a CNN. A jovem é fundadora da Climate Cardinals, organização sem fins lucrativos, com fim de disponibilizar o máximo de informação sobre a crise climática. Atualmente a organização já conta com nove mil voluntários, em mais de quarenta e um países.

Para além de receber atenção por ser tão jovem e já ter uma plataforma muito expressiva, Sophia foi alvo de críticas pela roupa que usou, na última Cimeira do Clima (COP27). Não foi o seu discurso, no qual se dirigiu aos líderes mundiais, criticando-os, usando expressões como "Precisamos que os líderes parem de mentir", que ficou viral, mas sim a roupa que usou para a ocasião.



A fotografia em que apareceu ao lado de António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, é o assunto que está a dar que falar nas redes sociais. A ativista usava um top azul e uma minissaia turquesa e as críticas não são poucas. No post, Sophia responde aos comentários negativos. "Podes ser um conselheiro do chefe das Nações Unidas e ainda usar uma roupa gira! #GenZ"



#GenZ é o hastag usado pela ativista, com o propósito de chegar aos jovens através das redes sociais, pois acredita que é por aí o caminho, como explicou à Vogue. "É isto o que nos diferencia. O que nos torna totalmente únicos e capazes de mobilizar mudanças sociais, como nenhuma outra geração, é estarmos confortáveis com as redes sociais".

O post da fotografia com António Guterres já conta com mais de dois milhões de "likes".